Embora seja uma área que ainda não esteja suficientemente explorada pelos vários agentes políticos, o crescente número de utilizadores da Internet começa a despertar cada vez mais o interesse enquanto forma de divulgação da mensagem política.
O aumento da utilização da Internet para fins políticos, alimenta a criação de um ciclo: aumentam os conteúdos sobre actividade política, que por sua vez potencia a prática corrente de consulta dos mesmos.
A Internet possui características únicas para a comunicação política, é rápida, interactiva, não está sujeita a limitações temporais e no espaço, é eficaz na capacidade de resposta e não possui custos elevados atendendo as suas capacidades.
A criatividade na sua utilização é essencial e pode fazer a diferença. Com poucos recursos financeiros é possível obter melhores resultados se a utilização da Internet primar pela diferença e objectividade na sua mensagem.
O uso da Internet não se resume à comunicação externa, é também um meio eficaz na comunicação entre uma estrutura. Permite uma resposta rápida ou divulgar de imediato uma iniciativa. Permite a qualquer momento enviar e-mails, newsletters ou alterar o conteúdo de uma página. Podemos ainda através de uma mailing list difundir rapidamente uma mensagem para milhares de pessoas sem custos acrescidos.
A interactividade é outra das valência da Internet. O contacto directo através de entrevistas interactivas, chats, fóruns e e-mails contribuem para uma comunicação directa e personalizada entre uma organização política e os utilizadores.
É necessário no entanto ter algumas atenções para a utilização deste meio. A utilização de alguns recursos como chats e fóruns requerem atenção por parte dos responsáveis políticos. A não filtragem de algumas mensagens que são enviadas, pode ter um efeito recíproco e a discussão pode ser usada para enxovalhar alguns participantes.
A utilização da Internet como comunicação política não se resume a páginas oficiais dos partidos. Actualmente podemos encontrar sites/blogs criados por entidades regionais, locais, sociais, ou mesmo de entidades próximas das organizações políticas que desenvolvem temáticas específicas.
Se existir coordenação entre todas as entidades, os resultados alcançados são significativamente superiores.
Bruno Ferreira
Director Nacional de Informação da JSD